Inteligência artificial: Como ela pode ajudar os professores a ensinar de forma mais eficaz? Inteli

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Gestores e profissionais das escolas têm se visto diante de um novo e grande desafio no último ano: como incorporar as tecnologias de Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT, à rotina pedagógica? Parte dos professores viram na ferramenta uma ameaça à qualidade do aprendizado, mas aos poucos as instituições e os próprios docentes buscam incorporar a tecnologia.

O desafio da adaptação dos professores

De acordo com Marcelo Krokoscz, diretor do Colégio Fecap, em São Paulo, no início de 2024 o uso da IA foi tema de formação local dos docentes. “Temos cursos técnicos nessa área. Chamamos os professores para explicar essa nova tecnologia aos colegas. Foram apresentadas sugestões de uso, para auxiliar em pesquisas e avaliações. Todas as ideias estão sendo debatidas e testadas.”

A integração oficial da IA no currículo escolar

Krokoscz afirma que recentemente foi feita uma enquete no colégio e cerca de 60% dos professores já estão utilizando as tecnologias de IA. “Mas o espaço de tempo ainda é curto para avaliação de desempenho.”

O papel da transparência e normas técnicas na utilização da IA

Para ele, do ponto de vista da integridade científica, ainda há preocupações e lacunas. “A norma ABNT (as regras técnicas do País) teve sua última atualização em 2018, muito antes do surgimento dessas tecnologias. Precisamos de um modelo para IA e também educar os professores e estudantes para a transparência.”

Alunos usando óculos de realidade virtual

A importância da formação e a inserção da IA nos currículos

Bruno Alvarez, diretor do Colégio Pentágono, também relata a necessidade de “algumas medidas para que o corpo de professores e educadores fosse instruído”.

A busca por práticas internacionais e a necessidade de diálogo

Segundo Alvarez, nesse momento a escola trabalha para a inserção oficial do uso de IA em seu currículo. “Já trabalhávamos habilidades em computação. Mas precisamos fazer a inserção dessas disciplinas, que ainda não fazem parte do currículo oficial brasileiro. Tivemos de buscar subsídios em algumas experiências internacionais.”

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A orientação e ética na utilização das novas tecnologias

Maria Eduarda Menezes, coordenadora de Edtech da Beacon School, explica que no início de 2023 a escola iniciou um processo de formação continuada com os professores sobre modelos de IA generativa, como o ChatGPT. “Os professores inicialmente estavam meio inseguros. Alguns já tinham usado; outros não.”

A importância da orientação e da ética na aplicação da IA

Segundo ela, o colégio elaborou um documento norteador para a aplicação das novas tecnologias, mas a intenção é que os professores usem de acordo com suas necessidades. “Banir seria um caminho errado. A solução é utilizar as ferramentas de forma orientada e ética.”

Por causa da urgência das instituições de se adaptarem a um novo momento, já surgiram até empresas especializadas em desenvolver soluções de IA para a Educação. Felipe Menezes, CEO da Maxia, afirma que a empresa iniciou pesquisas sobre IA por volta de 2017, mas apenas quatro anos depois começou a interagir com as escolas.

“Não temos encontrado dificuldade nessa abordagem, já que essa tecnologia já está consolidada. Mas muitas vezes as escolas não sabem como implementar.”

Menezes destaca que foi desenvolvido um sistema que avalia, por meio de redações dos estudantes, dados sobre seus aspectos comportamentais, cognitivos e psicométricos, que auxiliam professores na orientação discente dos alunos e no desenvolvimento do material pedagógico.

Ele explica que atualmente a empresa desenvolve um sistema, que será testado em algumas escolas, que consegue ler uma redação manuscrita e fazer a avaliação com base nos critérios do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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A adaptação da universidade ao novo cenário tecnológico

Marcos Facó, diretor de Comunicação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), reforça a tese de que a universidade de início se deparou com o ChatGPT e outros equivalentes com certa suspeita. “Mas logo depois, nos demos conta de que era uma tecnologia que veio para ficar. O primeiro desafio nesse contexto era como fazer para nos adaptarmos a ela.”

Faculdade do Comércio (FAC) de São Paulo comemora 100 anos

A utilização da IA no cotidiano universitário

De acordo com ele, inicialmente a FGV usou a IA somente para a criação de chatbots para o esclarecimento de dúvidas. O uso de bots para outras atividades, como mentoria, ainda está “em fase de implantação”.

Desafios e oportunidades futuras

Mas a tendência é que a tecnologia passe a ser utilizada também para uma série de tarefas, como correção de provas e análise de possíveis fraudes em trabalhos. “Hoje já existem plataformas que avaliam se um texto foi criado por inteligência artificial.”

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Desafios e perspectivas para o futuro da educação

Facó ressalta o fato de que atualmente todos estão aprendendo a utilizar as ferramentas de IA. “No nosso caso, a utilização fica a critério de cada professor. Não existe orientação única nesse sentido. Alguns usam até para preparar prova ou para corrigir. Isso poupa muito tempo.”

Para ele, a IA é uma tecnologia que ajuda. “O desafio do professor é saber como proceder nessa nova realidade. “Mudou tudo: a forma de avaliar, de preparar aula.” Ele alerta, contudo, que há riscos de formação de profissionais menos preparados caso a tecnologia seja utilizada de forma incorreta.

“Esse é o maior desafio para a educação a médio prazo. Qual será o papel do professor? A máquina não avalia contexto social e pessoal de aluno. Hoje não temos a visão clara do que vai acontecer em algum tempo.”

A necessidade de adaptação e formação contínua

Wilson Rodrigues, diretor da Faculdade do Comércio (FAC) de São Paulo, acredita que todos os avanços tecnológicos precisam ser abraçados. “Os jovens gastam nove horas e meia por dia usando equipamentos eletrônicos. Com educação, o mesmo uso de tempo é de 4 horas, em média.” Para ele, a utilização de ferramentas digitais é inevitável. “Represar é irracional.”

Rodrigues alerta, porém, que é preciso ter formação para utilizar corretamente. “Seja uma simples ferramenta de busca ou o ChatGPT, isso exige domínio da linguagem. É importante que a aplicação das ferramentas passe por curadoria.”

Utilização de tecnologia na educação

Preparação e desafios para o uso eficaz da IA

Segundo Rodrigues, os professores da FAC estão preparados para uso de IA, mas ele não acredita que essa seja uma realidade disseminada pelo País. “Para criação de conteúdos, os professores já usam IA, mas para elaboração de provas, ainda não.”

Neste mês o governo do Estado de São Paulo sugeriu aos professores usar o ChatGPT para aprimorar aulas. E não houve consenso.

Por fim, é evidente que a tecnologia está cada vez mais presente na educação, trazendo consigo desafios e oportunidades. É fundamental que gestores, professores e demais profissionais da área estejam abertos à inovação e capacitados para utilizar essas ferramentas de forma ética e orientada. O futuro da educação dependerá, em grande parte, da habilidade de integrar efetivamente a Inteligência Artificial no ambiente acadêmico.

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